terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Feliz Ano Bom!

[ou Da Política que queremos]

Começamos o período de 2014.
Meu desejo é o de um ano de muito aprendizado e fortalecimento de valores.
Parafraseando Caetano, pergunto à vocês "O que quer, o que pode esta Juventude?"
Que Política queremos?
Por diversas vezes estive à sós com algumas das pessoas que colaboram com este agrupamento e perguntei-lhes sobre seus sonhos e objetivos, boa parte não soube o que responder.
É muito triste quando se percebe o quão perdida está a Juventude de um país e, a partir disso, se percebe o porque de uma nação como o Brasil estar tão entregue aos desmandos dos politiqueiros de plantão. A Juventude brasileira vive um momento curioso, as "Revoluções de Junho" e os "coxinhas" mostraram o que já sabíamos: questionamos o que não conhecemos, mais uma vez somos feitos de "massa de manobra", mais uma vez somos apenas números.
O que queremos? Empregos na Administração Pública? Liberação financiada por parlamentares-de-rabo-preso? O que queremos afinal?
Eu sei o que quero. Quero construir dentro de mim valores morais e políticos que me ajudem à entender e a contribuir com o meu país e com o mundo em que vivo. Sou pobre e não tenho vergonha disso, preciso de emprego e de salário, como a grande parte de nós, tenho apenas alguns fins-de-semana e, talvez algumas noites para dedicar à Política, mas não à essa política partidária, estéril e frígida, na qual estamos imersos até o pescoço.
Quero a Política, aquela que pensa a Pólis, aquela que quer mudar o mundo e fazer dele um lugar melhor pra se viver.
Sei também o que NÃO quero: Não quero Atas manipuladas para "tentar driblar o sistema", não quero acordo, não quero aliança, não quero politicagem. Perdoem se pareço reacionária, não falo assim porque me acho melhor que as outras pessoas, apenas por um ponto de vista estratégico que me fez perceber, que este caminho "escolhido" por nós, não agregou em nada! Só fez de nós MAIS DO MESMO.
Quero MAIS! Quero fazer da minha militância como aprendi quando adolescente, com o exemplo do próprio Partidos das Trabalhadoras e Trabalhadores, quero conhecer minha comunidade, a menina da padaria, o rapaz do posto de saúde, a tia da tapioca... Quero saber quem é o povo pelo qual eu "digo" que luto. Seus sonhos e suas dificuldades.
O pouco que dou é muito mais do que muita gente já sonhou em oferecer. Não preciso estragar minha vida, passar fome ou andar quilômetros à pé para fazer Política, o que faria sem reclamar se realmente fosse preciso. Estou cansada dessa visão romântica de militância, isso não é e nunca foi verdade.
Preciso me formar antes de sair por aí falando bobagem, preciso conhecer e conviver com meus pares e, principalmente, entender que militância é uma obrigação que tenho comigo mesma, por minha consciência.
Quando denuncio uma violência contra uma mulher, contra uma criança ou um animal estou fazendo política, quando me informo sobre o que acontece, estou fazendo Política. Quando me importo com as outras pessoas estou sendo, também, uma pessoa política.
Estratégias alinhadas, reconhecimento, espaço... Isso tudo é uma grande, uma enorme, uma tremenda bobagem! Não teremos isso, nada disso. Ninguém que se importe com um pobre terá espaço ou reconhecimento e a única estratégia válida é a de ser sincero.
Quem de vocês se importa?
Quem de vocês tem alguma preocupação com algo além do próprio umbigo?
Se houver algum entre nós que pense também no outro, além de si, estaremos no lucro e poderemos fazer grandes coisas. Só não espero (e nem desejo) que estas grandes coisas sejam nomes em executivas, grana no bolso ou status social.
Podemos fazer coisas bem mais importantes e são muitas!
Não abandonei o MAIS e nem pretendo, pouco importa o nome, para mim, onde eu estiver, estarei fazendo Política, pq isso faz parte de quem eu sou.
Se algum de vocês faz parte da Pólis e se importa com ela vamos nos encontrar e ver o que queremos e o que podemos fazer por nós mesmos e por nossas concidadãs e concidadãos.
O meu grande desejo para 2014 é que cada uma de nós descubra para quê veio.
Eu não vim até aqui à toa, e vc?
Você se importa?

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